História

A APAP tem a sua génese no antigo Grémio Nacional das Atividades Publicitárias, criado em 1969, e que, depois do 25 de Abril, mais concretamente em 1975, se transformou na Associação Portuguesa das Atividades Publicitárias. Na Assembleia Geral que deu origem a essa decisão estiveram presentes algumas Agências e individualidades que atualmente ainda estão ligadas à Associação.

1969 - Fundação do Grémio Nacional das Actividades Publicitárias

A APAP tem a sua génese no antigo Grémio Nacional das Atividades Publicitárias, criado em 1969, e que, depois do 25 de Abril, mais concretamente em 1975, se transformou na Associação Portuguesa das Atividades Publicitárias.

O principal objetivo do Grémio era defender os interesses das Agências e de outras empresas ligadas ao sector - tal como faz hoje em dia a APAP, embora exclusivamente com empresas de comunicação -,mas, na altura, com outras limitações. Para isso criou um regulamento tipo que obrigava, por exemplo, os produtores e realizadores de filmes a inscreverem as suas obras através do Grémio. Se tal não acontecesse, estas não podiam ser aceites na Movierecord, posteriormente RTC, a empresa que comercializava o espaço publicitário televisivo na RTP.

As Agências que não estivessem inscritas no Grémio tinham de apresentar uma caução perante os meios. Assim, o Grémio funcionava como credenciador das Agências, com uma força corporativa muito grande, que ajudava a proteger o mercado dos aventureiros.

1974 - A "onda revolucionária" e a suspensão do Grémio

No início do Verão de 1974, um grupo de "agremiados" aproveitou a "onda revolucionária" e ocupou as instalações do Grémio. Alguns tinham um intuito meramente oportunista, na tentativa de usar a força do Grémio no seu próprio interesse. Foi então suspensa toda a atividade do Grémio e nomeada uma comissão para acompanhar a gestão corrente no que respeitava à manutenção das instalações e encargos com o pessoal.

Enquanto houve dinheiro foi possível pagar os ordenados e as despesas correntes, mas, evidentemente, sem receitas não era possível sustentar ad eternum esta situação. Como cada vez mais se ia "vendo o fundo ao saco", em Assembleia realizada no dia 21 de Julho de 1975, tomou-se a decisão de transformar o Grémio em Associação. Para tal era necessário ter as contas completamente limpas, tendo sido nomeada a Price Waterhouse para as auditar. Diga-se, em abono da verdade, que a situação estava perfeitamente impecável, conforme concluiu o relatório final.

1975 - Criação da Associação Portuguesa das Actividades Publicitárias

Em Julho de 1975, um grupo de profissionais constituído por Adelino Baptista Cruz, representante da Empresa Marques Vidal e Cinevoz, Carlos Loureiro, representante da PPI, Fernando Leitão, proprietário da Agência APA, Elisa de Castro, da Movierecord, Alexandre Cordeiro, da Latina, o Arqtº Marcelo de Morais, da Promo/NCK, António Sales, da Plano, Manuel Gil Pinto, principal acionista da MGP, e o Dr Orlando Costa, da Lintas, resolvem criar a Associação Portuguesa das Atividades Publicitárias.

Esta associação era constituída pelas empresas, singulares ou coletivas, que exerciam qualquer das seguintes atividades: agências de publicidade, produtores radiofónicos, produtores de filmes de publicidade, concessionários de publicidade exterior, entre outros.

1977 - Uma Associação exclusivamente de Agências de Publicidade

A diversidade de entidades agrupadas na Associação Portuguesa das Atividades Publicitárias provocou alguns problemas, uma vez que integrava atividades que, nalguns casos, concorriam com as Agências de Publicidade.

Não foi de estranhar que, a 19 de Outubro de 1977, os Estatutos tivessem sido alterados, reduzindo o objeto da Associação exclusivamente ao sector das Agências de Publicidade, situação só viria novamente a ser alterada em 1992, ano em que os associados resolveram alargar o seu objeto às empresas de comunicação. António Borges foi o primeiro Presidente da Associação, em 1977, em representação da Espiral.

1989 - Uma nova era na publicidade e uma postura interventiva

Até à presidência do Dr. João Loureiro, em 1989, a APAP teve um percurso relativamente discreto. Vivia exclusivamente da quotização, fazendo uma gestão de sobrevivência e, no geral, tendo uma atividade muito passiva.

A partir da Direção do Dr. João Loureiro, e graças ao início de uma nova era da publicidade em Portugal, com a entrada na Comunidade Europeia, e o 30º aniversário da EAAA, em 1988, festejado em Portugal e organizado pela APAP - a Associação conseguiu pela primeira vez fazer receitas e ter no final do ano um balanço positivo.

Esse exercício folgado veio permitir tomar outro tipo de iniciativas até então impossíveis e encorajar a dinâmica da nova Direção. Entretanto, o aparecimento de outras associações, nomeadamente da APAN - Associação Portuguesa de Anunciantes, veio permitir iniciar com parceiros credíveis um diálogo diferente, possibilitando uma intervenção mais consentânea com as novas realidades do mercado.

Esta realidade leva também ao aparecimento de novas entidades, como a CAEM, e o ICAP, sendo também desta altura os primeiros Códigos da Publicidade. A voz da APAP começa assim a fazer-se ouvir junto dos organismos governamentais, e outras entidades, sobre todas as questões relacionadas com a atividade publicitária.

1991 - A especialização do sector

A partir de 1991, a APAP ganha um novo fôlego com a presidência de Américo Guerreiro. Verifica-se a entrada das agências de meios no mercado e assiste-se a uma forte crise económica com a primeira Guerra do Golfo.

É sob a presidência de Américo Guerreiro que a APAP muda a sua designação para Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação, mantendo, no entanto, a sua marca distintiva como APAP. Esta alteração foi também refletida nos estatutos, abrindo-se assim a associação a outras empresas cujo âmbito de atividade resultava de uma crescente especialização do sector. É o caso das agências de meios.

Durante os nove anos em que Américo Guerreiro presidiu à APAP, o sector ganhou uma nova representatividade e dinamismo. De salientar a organização dos Congressos anuais da associação, bem como a edição regular de um boletim institucional - o APAP Notícias.

Neste período, a APAP teve também um papel importante ao nível da formação, quer através da realização de vários cursos, quer através da implementação de uma bolsa de estudo atribuída aos melhores alunos dos cursos de comunicação das escolas e universidades que apostavam, agora, no ensino desta disciplina.

Ainda sob a égide de Américo Guerreiro, a APAP foi um parceiro qualificado nas relações com o Governo, participando ativamente nas sucessivas revisões do código que regulamenta a atividade publicitária.

2000 - Uma década transformadora

O ano 2000 marca o início de um novo ciclo da APAP com a eleição de uma nova geração de publicitários para a Direção da APAP. É sob a égide de João Carlos Oliveira que a APAP conhece uma nova orientação estratégica, mais orientada para o relacionamento com os seus associados e promovendo um debate mais aberto no seio do sector da Comunicação.

É neste enquadramento que se cria a figura das Secções que vieram permitir à APAP cumprir de forma objetiva a plena representação das várias disciplinas do sector da Comunicação. Assim, é criada em 2001 a secção das Agências de Meios, em 2002 a secção das Agências de Marketing Relacional e em 2003 a secção das Agências de Publicidade.

Esta mudança assume uma grande importância, já que, fruto da crescente especialização do mercado, a APAP precisa de ser o polo de convergência de todo sector, unindo-o na defesa dos seus interesses.

A APAP é alvo de uma reestruturação. São definidos novos objetivos para o modelo de representação do sector e adotado um novo logotipo. É registada a sigla APAP, que passa a ser uma marca registada.

Em 2004 a APAP consegue mobilizar os associados em torno das grandes questões que envolvem o sector, nomeadamente após a crise profunda que vinha afetando o mercado desde finais de 2001, e continua criando as condições para o fortalecimento das Agências Associadas.

Em 2006 a APAP e representantes da Agência de Energia (organismo enquadrado no Ministério da Economia), iniciaram contactos, com o objetivo da APAP coordenar um grupo de trabalho visando a sensibilização da população para a poupança de energia a ser finalizado num Protocolo de Colaboração.

Organizou em Lisboa a reunião anual da CPPLP, à qual estiveram presentes os respetivos representantes das cinco Associações que compõem a Confederação.

2007, foi sem dúvida, um ano de viragem da APAP. Tendo sido o primeiro ano completo de atividades da nova direção eleita em 2006, refletiu uma maior atenção em termos de política orçamental, tendo em conta os resultados negativos de 2006. O controlo de custos e a criação de novas atividades e fórmulas de rendimento para a Associação foram a máxima de gestão.

Neste ano a APAP a coordenou um dos Grupos de Trabalho tendo em vista a elaboração do Plano Nacional de Eficiência Energética (PNAEE) em conjunto com a ADENE (Agência para a Energia). Também em 2007 a APAP apoiou publicamente a APAN no lançamento do Project Media Smart.

Em 2008, a APAP iniciou a reestruturação das Categorias Profissionais e a alteração da Definição de Funções, organizou workshops sobre propriedade intelectual, terminou a produção da primeira vaga do Estudo Trimestral de Marketing Relacional.

Negociou igualmente os serviços de consultadoria e apoio jurídico diversificado da Abreu e Advogados, que permitiram uma resposta profissional de âmbito alargado às questões colocadas pelos nossos associados, que lhes reconhecem claramente vantagens de qualidade e abrangência.

Por fim, face à decisão de saída da APAP da maioria das agências de meios a partir de 31 de Dezembro de 2008,e à consequente perda de quotização, a contenção passou a ser palavra de ordem o que levou também à mudança de instalações.

Em 2009 a composição da Associação, acompanhando a evolução da própria industria, teve uma grande mutação. Formam iniciadas três novas Secções (Marketing Digital, Ativação de Marca e Relações Públicas e Comunicação) e angariados até ao final de 2009, oito Associados nestas novas áreas.

A APAP, em parceria com a APAN, lançou o Guia de Boas Práticas para Concursos de Agências de Publicidade e Comunicação e participou ativamente no grupo de trabalho do novo Código de Conduta do ICAP, e no grupo de trabalho do Código da Publicidade a Alimentos e Bebidas para Crianças. Esta também envolvida no grupo de trabalho que está a desenvolver o Código de Comunicação Comercial Digital

A APAP lançou o Safe Work, uma forma de salvaguarda das obras dos associados e organizou 3 Workshops sobre Direitos de Autor.

Em 2010, a nível interno, procedeu-se ao inicio de modificações profundas em termos do funcionamento da APAP que foram implementadas durante o primeiro trimestre de 2011, nomeadamente, a mudança do logótipo e designação social da APAP e a alteração dos estatutos.

Após a publicação dos estatutos, entrou em vigor o novo sistema de quotização, baseado no volume de IRS entregue ao Estado no ano anterior.

2011 - A viragem

Até a presente data procedeu-se à revisão da tabela de quotização e à efetivação das alterações iniciadas em 2010.

Em Março de 2011 divulgou-se o Ranking das Agências.